terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Help!

Sei lá, eu poderia dizer que não estou chateada, que o fato de vê-lo ouvindo músicas que eu mandei me acalmou, mas não.

Acho que tenho alguma fissura ou uma doença muito grave quanto à resposta de e-mails. Se eu mandei um e-mail que merece resposta, fico extremamente angustiada enquanto não recebo tal resposta. Fico angustiada do mesmo jeito quando eu atraso décadas para responder um e-mail. Acho que em algum momento da minha vida li que demorar de responder e-mail caracteriza falta de educação e de apreço pelo remetente. Isso ficou na memória, sabe-se lá porque.

Talvez seja pura noía da minha parte. Mas, você começa a pensar que alguma coisa anda realmente errada quando você manda um e-mail fofinho e não recebe nada em troca. Um e-mail sem mau-humor, sem reclamações e cheio de energia positiva, coisa que não é rotina no seu dia a dia.

Ou será que eu crio expectativas demais sobre as pessoas?
Agora só posso dizer que me sinto extremamente confusa e me pergunto se não estou levando a sério demais algo que não merece tanto crédito assim. Sabe aquela sensação de que você gosta de uma pessoa mais do que ela de você? Não é que a pessoa não goste de você, mas simplesmente não é do mesmo jeito que você gosta dela.

E olha, eu até tento. Eu tento seguir como li no livro Morrie's Lessons, que diz "...or how we feel a surge of love for a partner but we don't say anything because we're frozen with the fear of what those words might do to the relationship". Tá, no meu caso não é relacionamento amoroso, mas o princípio é o mesmo.
Porque poucas vezes em minha vida eu tive a sensação de "caralho, quero ter esse amigo para o resto da minha vida". Não sou muito fã de pessoas ou seja, para achar uma que eu realmente goste e ache especial é muito difícil.
E eu achei uma. Lá do outro lado do mundo, entre tantas opções aqui na minha cidade, mas achei. E sinto puro amor, puro carinho e vontade de abraçar eternamente por esse cara que tanto me ajuda nos momentos em que eu tô mal, que toca musiquinhas fofinhas via msn, que me apresentou Beatles e que me lembra diariamente que a vida tem que ser vivida e que as reclamações e problemas devem ser deixados de lado.

Porque eu admiro ele de uma forma diferente de como admirei aqueles que passaram por minha vida. Quem é que tem coragem de trabalhar por pouco menos de um ano, não gastar com coisas superficiais e depois desses meses de trabalho larga o emprego? Simplesmente porque já foi escravo o suficiente e merece um tempo de descanso e dedicação para si na vida. Sei lá, você pode achar que isso é um jeito porra louca de viver mas é o que eu sempre quis pra mim e não sei se vou conseguir. Sério. Trabalhar e pronto. Tenho dinheiro, posso descansar por enquanto, posso sair, posso dormir, posso sorrir mais, posso ler meus livros e quando tudo isso acabar aí sim, eu me estresso de novo e volto ao trabalho novamente.

Agora eu já escrevi tantas coisas positivas sobre esse amigo especial, que desisti da idéia inicial do post. Porque há alguns minutos atrás tinha falado com minha amiga que ia deixá-lo de lado, que ia me afastar porque mereço. Mas quem disse que eu consigo?

Sei lá, só espero resolver isso o mais breve possível.
Eu sei D., que você é meio instável, mas ô: você tem uma amiga que não suporta lidar com instabilidade.

Soundtrack: The Beatles - Help!